O poder das nossas crenças II: a mudança de paradigma


No seguimento do artigo anterior, renovo o meu convite para uma mudança de paradigma. O da criação de fracasso para um outro, diferente. Quem sabe o que o/a vai ajudar a criar mais satisfação na sua vida! Hoje vou partilhar algumas ideias para que eventualmente se sinta inspirado, e possa empreender este objectivo!
Mudemos então de paradigma.

E se uma pessoa começar com boas expectativas num determinado objectivo definido, acreditando com toda a força que vai ter sucesso?
Tendo o sucesso como força possível e segura, que tipo de acções vai empreender desta vez?
Vai arrastar-se sem entusiasmo?

Vai ter entusiasmo, energia, expectativas de sucesso e vai sentir ser o maior.
Se assim for, quais os resultados que são de esperar?
As probabilidades são de eles serem bastante bons.
E o que é que isso faz à nossa crença e à capacidade de obter resultados?
É a espiral ascendente de sucesso.

Sendo assim, o sucesso, alimenta o sucesso.
O sucesso gera sucesso, e a cada sucesso, cria-se mais crença e ímpeto.


As pessoas assim, também fazem coisas menos certas?
Claro que sim!
As pessoas com crenças positivas garantem sempre os resultados?
Claro que não...

Não há fórmulas mágicas nem fadas madrinhas que garantam o sucesso e sendo assim, quando as expectativas não são atingidas, há que escolher outro caminho, há que corrigir a estratégia.

Isto não indica, obviamente, que tudo o que foi feito foi errado.
Aquilo que sabemos e já vimos várias vezes, foi que pessoas que mantêm o mesmo sistema de crenças que fortalecem e persistem através das acções e dos recursos suficientes, por fim, têm mais probabilidades de obter sucesso.
Muitas vezes não é necessário ter uma crença ou uma atitude extraordinária acerca de algo para obter sucessos.

Por vezes, pessoas produzem resultados espantosos apenas porque não sabem que algo é difícil ou impossível, não estão condicionadas.

Um exemplo que li contava a seguinte história: um rapaz adormeceu na aula de matemática. Acordou no fim da aula e viu no quadro dois problemas propostos. Presumiu que era trabalho para casa. Em casa, trabalhou arduamente na resolução dos problemas, não conseguindo resolver nenhum deles, insistiu de tal forma que por fim conseguiu chegar a um resultado. Na aula seguinte apresentou o trabalho. O professor e os alunos ficaram espantados. Afinal, esses mesmos problemas, agora com solução, ficaram escritos no quadro porque foram considerados de resolução impossível.
Se este estudante soubesse isso, provavelmente não os tinha resolvido nem sequer tentado.

A situação proporcionou o facto de ele não ter dito a si mesmo que era impossível resolvê-los, pelo contrário, ele pensava que tinha mesmo de os resolver pois era esse o trabalho proposto na aula a que ele não assistiu por ter adormecido, ele tinha um objectivo bem definido e tinha um motivo.

Os bebés aprendem muito e muito rápido porque experimentam, porque não têm consciência das consequências das acções.

O meu filho faz coisas loucas, porque está motivado, as crianças em geral estão sempre motivadas a obter o que querem, lambem o chão se for necessário, gritam como doidos só para nos deixar atrapalhados e cedermos ao seu motivo.

Eles são muito flexíveis fazem o que for necessário para atingirem o objectivo e por isso dominam o meio, nós pais, normalmente não somos tão flexíveis, ou ficamos atrapalhados com o berreiro ou lhes damos um tabefe, não temos muito mais recursos.

Uma outra forma de alterar uma crença é ter um facto real que realmente  reflecte a possibilidade.

Quando caminhei no fogo, sobre brasas, ou engoli fogo, fui capaz de fazer algo que estava convencido ser impossível (oh, se estava…) factos desses levam-nos muitas vezes a repensarmos as nossas crenças.

Os que conseguiram chegar ao fim deste texto, acabaram de ler um pequeno texto de “auto ajuda”, desses mesmos! Os que não gostam de livros de “auto ajuda” não me levem a mal pois o que não mata engorda, o que arde cura e o que aperta segura…

E assim termino esta minha reflexão, com votos… de boas mudanças! ;)

Paulo Espírito Santo, Master practitioner, coach e formador LIFE Training

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