Quem pode ser mágico nas empresas?

Há quem acredite que a mudança nas organizações terá que ser implementada ao nível mais alto para produzir reais impactos. Eu acredito que quando CEOs, administradores e directores se tornam embaixadores da mudança esta ganha maior poder. E também acredito que qualquer pessoa pode iniciar um processo de mudança organizacional.


Na minha carreira profissional desenvolvi esta crença, sustentada em dezenas de exemplos práticos, de que a gestão de faz em ambas as direcções hierárquicas! Quando implemento, juntamente com a equipa da LIFE Training, projectos de desenvolvimento e expansão de resultados nas organizações deparamo-nos frequentemente com a questão “o meu chefe também vai receber esta formação”? A ideia é simples. Se o meu chefe mudar, então eu poderei mudar.


Caso contrário, todos os meus esforços serão em vão.


A abordagem da LIFE Training, baseada num forte acreditar nos recursos que cada ser possui, é um estímulo claro a que cada um assuma a responsabilidade por aquilo que quer e implemente estratégias práticas para lá chegar!
Independentemente do lugar que cada um ocupa na hierarquia, se quiser pode transformar-se num Mágico que modifica a realidade em que se envolve! Já vi isto acontecer em dezenas de empresas, com vendedores a mudarem departamentos, secretárias a mudarem direcções.



Tudo depende da crença que cada um tem em relação ao que quer, à força que a mudança tem (muitas vezes dizemos que gostaríamos de mudar coisas e não investimos energia para que tal possa realmente acontecer).



Claro que nem sempre as pessoas em cargos mais altos nas organizações vêem com conforto a possibilidade de qualquer um poder iniciar processos de mudança. Esse é, no entanto, o poder da natureza humana. Qualquer um pode ser Mágico, desde que assuma a responsabilidade e esteja disposto a agir até alcançar o resultado a que se propõe!

Pedro Vieira, CEO, Formador, Palestrante e Master Trainer da LIFE Training

Convidado no meu negócio

Hoje, mais do que nunca, o sucesso empresarial depende em muito das relações que conquistamos, desenvolvemos e mantemos com os nossos clientes. Parece-me o momento indicado para escrever sobre este conceito fantástico que descobri já há algum tempo: Convidado no meu negócio.

Várias empresas escolhem produzir produtos com máxima qualidade, outras dedicam muita da sua energia a mostrar que disponibilizam os items tecnologicamente mais avançados. Existem ainda empresas que se dedicam a procurar oferecer aos seus clientes o preço mais baixo. Todas estas (ou outras) escolhas me parecem interessantes e merecem, cada uma delas, o nosso reconhecimento. No entanto, vale a pena dedicar alguma da nossa atenção a uma questão: Será que estas escolhas, estas apostas, chegam ao nosso cliente da forma mais positiva, mais potenciadora?

Recorda dez momentos em que foi recebido de forma amável, em que se sentiu único e que sentiu que a sua presença era motivo de felicidade para quem tinha algum produto ou serviço para lhe oferecer? Pois, esta tarefa pode revelar-se mais desafiante do que ao princípio pode parecer…

É um facto que a maior parte das vezes eu sinto que existem produtos bons, preços agradáveis, boa qualidade. Então porque será que não os compro? Até já sabemos que 20% das pessoas vão comprar mesmo que o vendedor não imprima a este processo nenhum tipo de esforço, sabemos também que 20% das pessoas nunca comprará mesmo que seja realizado um processo completo de venda. Talvez a diferença do sucesso possa estar nos 60% das pessoas que vai comprar dependendo do tipo de atenção, cuidado que lhes é oferecido.

Vamos imaginar que a sua empresa garantia sempre essa atenção, esse cuidado. O mesmo que dedica ao amigo de sempre que convida para ir a sua casa. Alguém que lhe abre um sorriso ao abrir a porta. A quem oferece a sua atenção, disponibilizando o sofá e até um almoço dedicado e uma conversa agradável. Nessa conversa até descobre algo sobre o seu amigo que antes não sabia. Quando terminam o encontro, selam o momento com a expressão “Volta mais vezes, gostei mesmo da tua visita”.

Cada colaborador da sua empresa é a sua Comunicação, a sua Publicidade e o seu Relações Publicas. E o seu “Relações Públicas” pode ser cada um dos colaboradores.
A sua empresa, o seu negócio, pode ter muitas visitas. Para tal só precisa de gostar de receber, e mostrar isso mesmo aos seus convidados!

Lígia Ramos, Formadora, Practitioner PNL e Coach

O que marca, numa marca?

À semelhança do que acontece connosco enquanto pessoas, também as empresas têm um coração, um core business, um núcleo que faz com que seja conhecida pelo motivo x e não y. Uma ou mais características que, além do nosso nome, nos distinguem enquanto pessoa e de outras pessoas. O motivo diferenciador que vai fazer diferença no momento de escolha entre o nosso serviço ou produto e outro qualquer.

E o caminho para uma boa gestão de marcas rumo a um crescimento sustentável, aponta para o reforço deste core business.
Como é que se faz este reforço?


Antes de tudo, importa discernir acerca de qual o verdadeiro core da marca. O que é que nos fez destacar? Que produto ou serviço? E com que ideia central associada? De seguida:

1.Alarga-se esta mensagem, reforçando-a consistentemente por toda a organização, fornecendo a informação a todos os colaboradores e atentando às escolhas que se fazem a todos os níveis. A nível de marketing interno, externo, criação de novos produtos (abandono de outros), etc, o alinhamento deverá estar presente.
Por exemplo, a marca de relogios Swatch, após 10 anos de aposta e investimento em design e patamar de preço elevado, decide voltar às raízes, reafirmando o seu ADN de acessório de moda acessível, colorido.

2.Recordar os valores da marca intrínsecos, permanecendo relevante ao consumidor. Ou seja, mantermo-nos fiéis à ideia chave, mas acompanhando as tendências do consumidor.

3.Para acompanhar as tendências, muitas vezes a melhor opção é implementar uma renovação, ao invés de optar por extensões de marca que provavelmente se tornam mais dispendiosas, para novas categorias que podem não funcionar. (por exemplo, a Mc Pizza foi em diversas vezes impulsionada pela McDonalds, sem sucesso!).


Um caso de renovação de marca de sucesso presente na comunicação da Coca cola, foi a aposta no mote “The Coke side of life”/"Toy of life". Através deste slogan, a ideia de alegria e diversão sempre associada à Coca cola manteve-se, e acompanhando a tendência instalada da busca de experiências e de vivências emocionalmente mais relevantes.

Os filmes de James Bond são também um caso de estudo em gestão de marcas. Mantendo ideias chave como a luta contra o mal, os elementos visuais como as bond girls, os carros, os gadgets, o tema musical, e actualizando estes mesmos elementos à época (gadgets cada vez mais sofisticados, carros mais potentes, maus da fita ainda mais poderosos e "mais maus", música actual), bem como o adicionar de temas da actualidade no enredo fazem desta série de filmes uma marca duradoura para os seus fãs.

4.Ter uma visão inspiradora como valor base. Uma visão clara da marca é o mais importante potenciador de crescimento para a mesma. É o autêntico GPS que nos vai indicar se estamos no caminho certo quando pensamos em soluções para a empresa. É esta visão que quando estiver a colocar um post no Facebook dos amigos/clientes/fãs da sua página, o vai conduzir a conteúdos que eles procuram, relevantes e inspiradores para eles, não servindo assim apenas objectivos de promoção por si só. Que o vai ajudar a escolher entre criar um novo produto absolutamente direccionado ao seu publico alvo.

Depois de pensar como a sua marca marca, passando ponto por ponto... aproveite o momento e faça uma reflexão acerca da sua própria brand!
Qual o seu core enquanto profissional?
Tem uma visão inspiradora que o guia no seu caminho? Se tivesse um slogan… qual seria?
O que tem feito para permanecer relevante enquanto profissional? O que tem lido ou visto, que opções conscientes tomou, que tipo de energia tem mostrado, na maior parte do tempo?
Lembre-se que para marcar, é preciso… marcar! ;)

Maria Beatriz Costa, Responsável de Comunicação e Imagem, Practitioner PNL

Comunicação Interna nas organizações

Para manter uma organização saudável, baseada em boas relações interpessoais, com facilidade de negociação dos conflitos, flexibilidade na gestão, planeamento e um óptimo ambiente de trabalho, aposte na comunicação interna.



Tal como no futebol, não vasta ter uma equipa formada pelos melhores, é preciso criar sinergia comunicacional entre eles, envolvê-los num todo coerente, em que o todo seja maior que a soma das partes integrantes. O desenvolvimento de um canal de comunicação saudável entre os vários elementos que compõe as equipas é necessário para que todos estejam conscientes da estrutura da empresa e possam, em conjunto, envolver-se no seu processo de crescimento.


Na LIFE Training definimos 3 grandes pilares que funcionam como os principias suportes de uma comunicação de sucesso nas empresas, permitindo que as mensagens cheguem com sucesso ao destinatário:


• Intenção – Porque “Para quem não sabe o que quer, qualquer caminho serve”
Sempre que comunicamos devemos ter uma intenção; um objectivo. Que mensagem queremos realmente fazer passar? Qual o melhor timing para o fazer? A minha mensagem está alinhada com a missão da empresa e os seus valores? No final da minha interacção que resultado quero obter?
Existem modelos para definir intenções comunicacionais…..


• Observação – “ O significado da comunicação é o resultado que se obtém dela”
A melhor forma de medir o impacto da nossa comunicação no outro é desenvolvendo a capacidade de analisar o resultado da mesma no destinatário. A pessoa percebeu a minha mensagem? O que me diz o seu comportamento não verbal? Foi capaz de explicar por palavras suas a intenção? Produziu o resultado desejado?
Qualquer pessoa pode desenvolver a sua acuidade sensorial na comunicação!



• Flexibilidade – “Não existem pessoas resistentes apenas comunicadores inflexíveis”
Os interlocutores devem ter flexibilidade comunicacional para se adaptarem em termos de discurso verbal e não verbal à outra parte. Comunica da mesma forma com todos os elementos da sua equipa? Sente que há umas pessoas com as quais a comunicação parece fluir e com outras não?
As competências de comunicação podem e devem ser desenvolvidas nos indivíduos.


Sabendo que não podemos não comunicar, e quer seja através do comportamento verbal, quer seja através do comportamento não verbal, toda a informação dentro de uma empresa é imprescindível para que se atinjam metas, para gerir conflitos, diagnosticar obstáculos, avaliar desempenhos, adaptar decisões e estratégias.



Para que a comunicação ocorra, acima de tudo implica uma base comum entre os interlocutores: a confiança. Dificilmente se investe tempo e energia em entender mensagens transmitidas de forma errónea, mas mais difícil ainda é fazê-lo quando não existe confiança.


É bom lembrarmo-nos que na base de todo este processo estão as pessoas, e só através de uma boa relação com o cliente interno, as empresas podem fazer chegar ao cliente externo a imagem que realmente querem transmitir.




Núria Mendoza, Formadora, Coach e palestrante da LIFE Training

Responsabilidade dos vencedores

Em Julho de 1994, na cidade de Pasadena (EUA), a final do campeonato do mundo de futebol chega ao fim de 120 minutos com um empate entre Brasil e Itália. Para marcar o 5º penalti da Itália, Roberto Baggio pega na bola, depois de dois companheiros de equipa já terem falhado penalidades.


Sabendo que se não marcasse, entregava a taça ao Brasil - este festejaria assim o tetra campeonato depois de um interregno de 24 anos. Baggio (FIFA Player of the year e Ballon d’Or em 1993) foi um dos mais geniais jogadores da sua geração e discutivelmente um dos melhores atletas italianos de sempre, sendo o único a marcar em 3 campeonatos do mundo. Em 1994, depois de um apuramento por goal-average na fase de grupos, Roberto Baggio levou Itália “ao colo” marcando 5 golos nos 3 jogos que antecederam a final...


E apesar de detentor de inúmeros títulos e troféus, Baggio ficou para sempre conhecido como aquele que falhou o penalty.


Mark Zuckerberg era um jovem estudante da Universidade de Harvard quando em 2004 lançou um site que inicialmente se chamava TheFacebook.com.
O site cujo propósito inicial era servir de plataforma de interação entre alunos da Universidade rapidamente começa a ganhar adeptos e espalha-se uma velocidade estonteante. Mark percebe que o site pode ser um fenómeno e quando apenas 4 meses após o seu lançamento recebe uma proposta de 10 milhões de dólares para vender. E decide recusar.


Em 2006 e com apenas 22 anos, o jovem Zuckerberg recusou não uma ou duas, mas sim quatro propostas, todas acima de mil milhões de dólares. Com uma receita bruta estimada do Facebook em 2010 de dois mil milhões de dólares, parece que a aposta compensou.


Nenhum destes homens sabia como ia correr o futuro e, com ou sem sucesso, ambos perceberam que é nos momentos difíceis que é necessário reunir a coragem de se assumir, correr riscos e aceitar a responsabilidade. Com ou sem sucesso na altura, serão relembrados, quem sabe para sempre, como “líderes” que enfrentaram os desafios e quiseram criar a sua página de história. O seu rumo com sucesso.


Seja vendedor, CEO, supervisor, funcionário, líder ou colaborador, chame a si a responsabilidade dos vencedores e insista em escrever o resto deste ano 2011! Ao fazê-lo estará a ser um verdadeiro líder, e conscientemente ou não, a inspirar outros a segui-lo.


Ao ser dono das suas escolhas, definindo objectivos e focando-se neles mesmo em momentos difíceis, está a dar um passo à frente para conseguir aquilo que precisa. Lembre-se que, ganhe ou perca, se o fizer desta forma, o caminho é bem mais sentido como “seu”. Como disse um dia David Starr Jordan, “O mundo deixa passar aquele que sabe para onde vai”...


Ricardo Peixe, Coach, Formador e Palestrante da LIFE Training

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